sexta-feira, 31 de maio de 2013

Café da manhã

     O brilho da xícara, e os redemoinhos de café preto que sobiam e desciam sobre ela, formando inúmeras espirais e círculos, mudando constantemente. São as galáxias que eu criei.

Gostaria de saber quais planetas que podem existir em meu pequeno universo. Se eu soprasse e cutucasse a minha bebida da manhã, eu poderia destruir galáxias e civilizações cada vez que eu as tocasse. Soprando a minha bebida, eu faria o universo inteiro entrar em convulsão primeira vez que eu ouço falar em convulsão generalizada..., e poder fazer até mesmo com que sistemas solares batessem uns nos outros. Eu rio, tu São Paulus me aplaudindo por ser uma divindade.

Eu tomo um gole. A bebida é amarga e eu quase posso sentí-lo indo para trás. Tem gosto de angústia. Não é tão ruim quanto o sistema solar que bebi em minha sopa ontem à noite. Me deu azia, como o fogo do inferno.

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