quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A coisa

"Já era próximo as 23:00h quando decidimos pausar nosso filme e fazer uma viagem a cozinha para pegar uns lanches. Meu primo pulou da poltrona.

"Levanta, você vem comigo!" ele disse. "Vou precisar de ajuda carregando toda a comida que pretendo comer!"

Sendo um marmanjo de 24 anos, não achava difícil acreditar que ele conseguiria comer tudo aquilo. Eu respirei fundo e deslizei da cama enquanto nosso filme estava parado com uma luz azul na tela.

Ele abriu a porta e um corredor escuro apareceu diante de nós. Greg andou vagarosamente até alcançar a sala de estar. Rapidamente o segui, com vergonha demais de dizer que estava com medo.

A única janela aberta deixa entrar a luz de um poste na rua. Entravamos na cozinha quando meu primo subitamente parou. Eu quase caí sobre ele, tal a forma como ele parou.

Ele apertou meu braço e chamou minha atenção para a janela escura da cozinha. " O que foi aquilo?" ele sussurrou tão baixo que tive que me aproximar para ouvir. Ele segurou tão firme, que já estava machucando me braço. Olhos bem abertos, ele olha de mim de volta para a janela. Fiz o mesmo que ele e tive que conter um grito que veio a minha garganta.

Meu primo mora com meus avós no meio do nada (uma área rural da Flórida). A casa deles é a única próxima a uma floresta com um pântano, onde as estradas são feitas de terra e placas não existem. Meus avó possuem 5 hectares daquele lugar, e a noite parecem 5 hectares de escuridão. O que estava sendo iluminado pelo único poste aceso me paralisou de medo.

Uma figura negra e humanoide apareceu da escuridão, e estava alí parado pelo que pareciam horas. Era fino, magro. Não parecia usar roupas, mas uma pele negra cobria seu corpo, esticada em suas extremidades ósseas. Sua face apenas não estava lá, sem olhos ou nariz, apenas um grande buraco onde deveria estar a boca. Vagarosamente se arrastava para perto, e sua cabeça tremia, aparentando quase saltar de sua cabeça.

Diante de nossos olhos a criatura se afundava em seus passos. Uma vez que chegou próximo suficiente da janela, ele estendeu uma longa mão com dedos ossudos, apenas mantendo-a daquele jeito. Por alguns momentos ficou daquele jeito. Então inesperadamente, ele caminhou para trás com uma incrível velocidade. Suas juntas se dobravam para trás de forma que rapidamente foi engolido novamente pelas sombras.

Nós olhamos para confirmar se tudo aquilo foi verdade. Ambos estávamos chocados, correndo de volta para a segurança do quarto do meu primo. Durante a noite não dormimos e quando a manhã chegou não haviam nem traços daquilo.

Não vi mais aquilo desde aquele dia, mas nunca se sabe. Eles ainda moram no mesmo lugar. A uma hora daqui. É tão escuro lá que nunca se sabe o que está te espreitando"

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